Transpassa, passa, suaviza
Corre forte entre os meus dedos...
Com a pressa de quem foge, mas nao escapa
Atinge e nao tinge
Pois sua transparencia nao permite
Mas e forte,
Tao forte que se pode ouvir...
Atravessando o campo...
Correndo dentre os meus dedos
Tenta carregar-me junto
Bate em minhas pernas, sendo nada discreto, noto minhas calcas...
Tentando serem arrancadas
O meu ouvido inerte, tao pequeno
Luta contra a forca que o cerca e produz este unisom que posso ouvir
Que vem do bater no vidro da janela
Da grama fincanda no chao tentando ser arrastada
Ou simplesmente de meus ouvidos.
Eu nao luto
Paro, espero passar...
Ergo a cabeca, sentindo o sol que inutilmente tenta me aquecer
Sinto entao o vento tomar a forma do meu corpo
Na rapidez e estrondoza suavidade em que passa por mim.
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