Páginas

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Pode até ser selvagem: com doçura e fraternidade.






Cavalos são fortes, mas dizem que brutos.
Me sinto como um deles agora, tentando ser forte só que... bruta.
Ficar assim as vezes, é normal. Quando se está zangado, preocupado, estressado.
Mas são estados passageiros, só que comigo não!
Sinto como se quisesse ser livre e triunfante com sua força e coragem igual à um cavalo, e não apenas usar da qualidade de brutalidade (qualidade?)
Nem se quer posso dizer que tenho animo para clamar mais por meu próprio resgate.
Perdão, Te peço.
Aponto para o fator de eu estar desgostosa com as coisas, com qualquer coisa, com a vida, talvez.
É só o que consigo como explicação, porque não há motivos concretos, fatídicos e reais.
Não consigo me controlar, é como uma arma apontada sem direção, com munições prontas a todo instante, certa de que acertará o alvo, qualquer um.
Estes se perguntam, tentam entender tais atitudes, sem fundamentos concretos.
Palavras que expliquem não saem de minha boca,
Palavras dóceis entalam no meio da garganta quando tentadas ser proferidas,
e isso causa remorso e repugnação de mim mesma.
Quero começar do zero, tentar de novo...
Não peço que seja feito mel, por todo tempo.
Mas o necessário, suficiente.
Pouparia tantos sentimentos, tantos alvos acertados sem querer.
E os cavalos até eles que podem ser brutos por seu extinto animal,
Tem extinto protetor, não de menos, nem demais - que cause mal - e o mais valoroso de todos os extintos, a fraternidade, carinho.
Em certas situações, para certas pessoas não é tão fácil assim se deixar transparecer...
E o remorso por isso só aumenta, por saber que o tempo passa, e uma nova oportunidade é perdida, e depois pode não poder mais.
Posso até ser dos cavalos selvagens, mas quero ser daqueles livres, que sentem o gosto das coisas... Daqueles que se deixam tocar, e sabem dar um toque fraternal também.

Um comentário: